Beethoven 250
Em comemoração aos 250 anos de Ludwig Van Beethoven, a orquestra Petrobras Sinfônica promoveu um concurso convidando artistas a pensarem como Beethoven e sua música seriam retratados hoje.
Beethoven tinha saúde frágil e começou a apresentar sintomas de surdez com apenas 27 anos. Apesar da angústia e do sofrimento, não para de criar. É nesse contexto que ele compõe a sonata popularmente conhecida como patética. A sonata é uma briga de sentimentos opostos. É a raiva e a melancolia frente a face serena e sublime representadas na ilustração.
Grande parte das obras de Beethoven estampam o rosto de uma mulher amada, mesmo que todas as suas paixões tivessem sido infelizes. O amor se transformou em uma miragem que evoca no compositor as mais altas inpirações. A sonata Appassionata é uma obra do início ao fim dominada pelo sentimento do trágico e da luta contra os sentimentos, a paixão e a loucura. Beethoven havia considerado seu maior êxito até o momento.
Beethoven tinha uma alma revolucionária. Defendia em suas composições os ideais de liberdade, fraternidade, racionalismo e anticlericalismo. Fascinado pela revolução francesa e pelas virtudes, se viu profundamente enganado com Napoleão. A sinfonia Eroica conta a história da esperança na revolução frente a verdadeira face do bonapartismo. Foi a primeira sinfonia reconhecia universalmente.
Quintessência
As sinfonias levam o nome de Beethoven ao reconhecimento universal. Todas são repletas de emoção, fruto de uma alma construída em meio a dores e esperanças presentes em todas as fases de sua vida. A 5ª sinfonia é uma de suas obras primas. Fala da luta do homem contra as forças divinas. É um enredo simples, porém, cuja força explosiva da obra coloca o ouvinte em uma tensão que paralisa.
A aparência de Beethoven não era convidativa e tinha uma personalidade difícil com repentinas mudanças de humor. No entanto, possuía uma vontade de deixar para trás as dores e passar uma mensagem de fraternidade e amor. As pessoas iam atrás do compositor disposto a todas as emoções, mas incomodava os adeptos da música mais conservadora. Demorou certa de dois séculos para o mundo reconhecer o compositor mais inovador e profundo de seu tempo.
Fontes de estudo:
Fauconnier, Bernard, 1955 - Beethoven/Bernard Fauconnier, tradução de Paulo Neves - Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
Fauconnier, Bernard, 1955 - Beethoven/Bernard Fauconnier, tradução de Paulo Neves - Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
Trabalho da minha professora Eliane Marzullo realizado em 1975 para o curso História da Música do Conservatório Brasileiro de Música.
Obrigada!