Segundo análise divulgada pelo Ministério da Saúde, o número de doações de órgãos no Brasil no primeiro semestre de 2018 subiu de 1.653 para 1.765 em comparação com o primeiro semestre de 2017. No entanto, este número é pequeno perante a demanda de pacientes à espera de um transplante (atualmente, 32.716 pacientes divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos). O desafio para doação de órgãos no país é uma problemática em desenvolvimento.

Nessa situação, é importante salientar que a população carece de informação quanto ao processo de doação de órgãos. A insegurança acerca da coleta e estado clínico do doador ou paciente dificulta a decisão, principalmente quando relacionada à morte encefálica. Aproximadamente 40% das famílias se recusam a doar os órgãos de seus parentes falecidos (Academia Nacional de Medicina).

Outrossim, no que se refere à infraestrutura hospitalar, o vice-coordenador da OPO (Organização de Procura de Órgãos) afirma não saber se o país está preparado, hoje, para viabilizar um sistema de transplante maior do que o atual. A ausência de profissionais capacitados e a escassez de equipamentos apropriados são obstáculos vigentes.

Destarte, é imprescindível que o estado colabore com investimentos em profissionais especializados que possam, desde a proposta até o transplante, conceder qualidade e segurança a família e ao paciente. Urge também, investimento na estrutura de hospitais e equipamentos necessários. Além disso, cabe ao Ministério da Educação e ONGs, criar programas que visem conscientizar pais e alunos sobre a importância da doação; fornecendo palestras educativas, debates, cartilhas de informações e campanhas publicitárias que abordem essa temática.