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Paredes limpas, cidades mortas

Paredes limpas, cidades mortas
Vozes silenciadas que se comunicam e protestam através das paredes da cidade. 
 
O pixo segue as linhas e a dinâmica da cidade e modifica a relação do ser social com o espaço habitado na busca por novas significações estéticas, culturais e sociais. O centro urbano é a tela de quem grita resistência dentro das estruturas da cidade e utiliza a arte de rua como arma na luta contra a segregação sócio-espacial, o preconceito de classe e a repressão do Estado.
 
Paredes limpas, cidades mortas.
 
"A primeira pichação no Brasil é a pichação política contra a ditadura que começou na década de 60, que era o típico ‘abaixo a ditadura’ e onde o cunho era só político, não tinha a preocupação estética com as letras, era uma estética legível para qualquer alfabetizado ler. Depois da pichação da ditadura, que é a pichação política, vieram as pichações poéticas que como o próprio nome diz são frases poéticas. No começo da década de 80, sendo um desdobramento do movimento punk, que também era pichação de cunho político, vem a pichação de São Paulo que é um pouco mais focado no ego no pichador. O precursor foi o ‘cão fila Km 26’, que não foi um pichador como a gente conhece hoje em dia, ele era dono de um canil que vendia cão fila e saiu espalhando pela cidade inteira essa pichação ‘cão fila Km 26’."

(Choque, documentário PIXO (2009), dirigido por João Wainer)
Presidente Prudente, São Paulo
15 de junho de 2019
Paredes limpas, cidades mortas
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