Trabalho académico sobre os Anos de Ruptura + Alternativa Zero.
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Academic work about Alternativa Zero and the 70's in Portugal.
“Vem aí a vanguarda! Vem aí a Vanguarda! (...) Ora difícil, ora divertido, ora agressivo, ora «chato», ora tudo ao mesmo tempo, este “anti-salão” tem que vencer uma grande aposta, a de nação nos deixar indiferentes, para vencer a segunda mais difícil e que presumo estar nos programas e nos objectivos dos seus organizadores: a de servir para alguma coisa. Mas basta de conversa! Agora primeiro que tudo vale a pena ir até a Belém à Alternativa Zero, nem que seja para lhe cuspir em cima. O convite está feito!” José Luís Porfírio, Aí Está a Alternativa Zero!. O Jornal, Lisboa, 25 de Fevereiro de 1977.
A exposição Alternativa Zero marca um paradigma na percepção do objecto estético. Representa uma tentativa de recomeçar , de oferecer as tais novas perspectivas e prospectivas, mas sobretudo, uma luta por uma alternativa ao contexto cultural e à estagnação do mercado no pós-25 de Abril.
O presente volume traduz a valorização do objecto estético a três fronteiras de entendimento; o objecto social, a sua [des]materialização e sua autonomização e consequente interacção com o público. Na primeira explora-se a forma como o artista usa a sua arte para se expressar criticamente perante a sociedade, e tam- bém a forma de como esta é portanto influenciada; na segunda percepciona-se a transformação que o objecto sofreu rumo à sua desmaterialização, onde se realça o “mixed-media”; por fim, o objecto autonomiza-se, separando-se do seu autor, tornando-se numa fonte de informação que cabe ao fruidor descodificar.
O presente volume traduz a valorização do objecto estético a três fronteiras de entendimento; o objecto social, a sua [des]materialização e sua autonomização e consequente interacção com o público. Na primeira explora-se a forma como o artista usa a sua arte para se expressar criticamente perante a sociedade, e tam- bém a forma de como esta é portanto influenciada; na segunda percepciona-se a transformação que o objecto sofreu rumo à sua desmaterialização, onde se realça o “mixed-media”; por fim, o objecto autonomiza-se, separando-se do seu autor, tornando-se numa fonte de informação que cabe ao fruidor descodificar.
Conciliando temáticas tão diversas como a poesia experimental, o cinema novo, passando pelo vídeo experimental, Ultravox apresenta uma multiplicidade de artistas que definem esta época em Portugal, como Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro, Mário Cezariny, Jorge Peixinho, Salette Tavares, Helena Almeida, Alberto Carneiro, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, Julião Sarmento, António Barros, Paulo Rocha, Fernando Lopes, Cunha e Telles, entre muitos outros, que pela sua contribuição artística marcaram uma nova vanguarda.
