MANIFESTOS
Maybe because I’m a literature passionate and love to write prose poetry, manifestos are my favorite kind of job. I always try to find the truth about a brand and transform it into an inspirational text with rhythm & beauty.

I’ve decided not to translate this section because the texts lose their essence.






MELISSA
A Melissa é uma das marcas mais queridas do Brasil, e há alguns anos, vem revolucionando a moda brasileira, criando produtos sem gênero e co-criando com diversos talentos espalhados pelo país. Eu tive a sorte de ter sido convidada para fazer um manifesto em que a temática deveria ser: a moda, a cidade e as pessoas.​​​​​​​

Este dia precisa chegar. O dia de tirar o peso dos ombros, desatar nós, afrouxar o cinto
e descobrir que podemos viver onde todo mundo pode ser e se parecer como quiser.

Onde ruelas sejam palcos de conexão e coletividade.

Sabe essas placas em que está escrito “Ponto de Encontro”?
Elas existem para que ninguém se perca na multidão. Que bom seria vê-las por todos os lados,
e em cada esquina. Só para lembrar que pontos de encontro são, na verdade, as próprias pessoas.

Será possível que ninguém se sinta sozinho no mundo e sim como parte sensível de um todo? 

Quando esse dia vai chegar?
O de caminhar livre entre tudo e todos e achar o ponto de equilíbrio em que a esquina encontra o rap com o bolero, o branco com o negro, a bici com o caminhante, o skate com o turbante, o salto com os pés gastos e descalços, sem medo de saltar em direção ao diferente de si mesmo.
O dia e o lugar que recebam homens e mulheres que expressam o feminino e o masculino da forma como sua essência pede e o corpo agradece. –“Respeita os mano, as mona e as mina”, dizia o grafitti no muro. Seja com sarja ou purpurina. Que palavras, cabelos e movimentos digam o que precisam dizer. E se não quiser dizer nada, uma cor pode valer mais que mil palavras.

Será que esse dia já chegou? Se ainda não, deve estar cada vez mais perto.
E é pra lá que vamos, para este ponto de encontro: a nossa cidade, o lugar onde a gente se cruza por aí para mostrar que não estamos sozinhos, que já somos muitos.

Somos uma multidão que deseja se expressar e sair de casa como quiser.
O que importa é não esquecer de levar a própria identidade.
​​​​​​​



CANSON
Copywriter and Voice Over: Bruna Castro
Project Idea: Stephanie Marihan & Cocoon Collective
Video: Ringo
A Canson, marca francesa de fabricação de papel criada em 1557, em conjunto com o Cocoon Collective (BR), decidiu criar um movimento para valorizar o uso de papel nas artes e estimular novas produções. O projeto previa várias atividades, e eu fui convidada para escrever o texto manifesto assim como de todos os materiais (kit de boas-vindas, posters, social media).


Tem dias que preciso do calor do sol, outros, que tenho sede de água.
Também sou das palavras. Choros e libertações viram poemas em mim.
Tem dia que sou da noite, até que pensamentos começam a virar traços e cores.
O azul quase sempre me cai bem. Mas não tenho medo de ser preto no branco.

Prefiro não ter regras ou linhas.
Sem vergonha de declarar amor ou de virar um simples pedido de desculpas. 
Um dia, sou rascunho. No outro, obra-prima.
Sou a tentativa, o erro e o acerto. 
Eu resisto. Eu cedo. Sem medo.

Registro nascimentos com hora, data e local.
Viro amor de papel de passado. Se precisar, viro atestado.
Com sorte, sou passaporte, para um mundo cheio de texturas e formatos.
Eu sou um mapa sem fim. Um mapa que leva pessoas a encontrarem o seu lugar na vida:
A ARTE.

Sou testemunha.
Sou testemunha de horas de trabalho, de anos de persistência,
de crises de abstinência.
Sou testemunha da primeira assinatura. Da primeira grande impressão.
Guardo segredos, pinturas e escrituras. 
E prometo que se bem cuidado, eu guardo…por mais de 200 anos. 

Recebo água, terra, carvão. Viro dobra, dobradura, exposição. 
Tenta, experimenta, corta. Ilustra, remenda e cola.
Abraço tintas, lápis e aquarela. Sou sua alma, seu espelho, sua tela.
De algodão, fotográfico, fine arte. Faça a escolha certa e eu faço a minha parte.
Com ou sem serifa, me diga o que sou com sua tipografia.

Eu sou de muitas formas pra você ser o que quiser.
Porque sem você, não sou nada senão uma folha…em branco. 
Eu rasgo, amasso e me adapto nas mãos de qualquer alma. 
De Hemingway a Monet. De Picasso a você.

Canson. Cada um tem seu papel no mundo.



SAL
A SAL Garopaba é uma marca de roupas de Santa Catarina, Brasil. Eu sou responsável por desenvolver os textos das novas coleções, que são desdobrados em vídeos manifestos e materiais para as redes sociais.
CINCO.

Vivemos o suficiente para saber que nada é coincidência.
Cinco, tantas vezes cinco, eu sinto.
Alguns números parecem que são mesmo mágicos.
Passamos a enxergá-los por toda parte.
Parece ser mais um sinal de que tudo, absolutamente tudo está conectado.
Cinco. Ar, fogo, terra, água salgada e alma.
Cinco sentidos, ainda que nem tudo se explique.

Cinco. 5 dias de trabalho, para dois de descanso. Essa ordem, a gente já inverteu. Liberdade.
Chegamos a quinta temporada, ao quinto ciclo, celebramos nossa vida com sal
Nos inspirando, mais do que nunca, nos elementos que estão ao nosso redor.
E permaneceremos aqui, por mais cinco vezes cinco vezes cinco vezes cinco, enquanto os nossos cinco sentidos nos mostrarem que este é o caminho.
Já não há coincidências.

SAL. SURF. ARTE. LIBERDADE.
6 P.M.

O ano...não é igual o ano inteiro.
Parece simples.
Mas às vezes, a gente esquece. 
É perfeito.

A pausa é pacífica.

É tempo de casulo, recolha, contemplação,
mais para dentro do que para fora.

O sol se põe mais cedo.
O dia acaba.
Não dá mais para pegar onda.
A pele pede uma camada a mais.
O céu ganha mais estrelas.

Respeitamos o ciclo
o tempo
a temperatura
e o corpo

A moda não inventa estações
São as estações que pedem a roupa certa.



RENAULT
Para celebrar o Dia das Mulheres, escrevi um texto para a Renault que foi filmado pela Ambiência.

É importante olhar pela janela e lembrar que por muito tempo o mundo que nos foi apresentado era diferente. E não faz tanto tempo assim.
O mundo, para nós, já foi só silêncio, porque tentaram nos calar.
Mas a nossa voz falou mais alto.
E até o que parece tão simples como...vestir uma calça, não era tão simples assim.
O que pode parecer pequeno foi uma grande conquista.  
Voto.
Conta em Banco.
Praticar esportes
Estudar
Dirigir
Ser mãe e trabalhar. Trabalhar sem ser mãe.  Trabalhar. Não ser mãe.
Ser.

Ser dona das próprias decisões 
Poder escolher ser o que quiser
E mudar de ideia quantas vezes for preciso

Roupa
Corpo
Cabelo
Movimento 
Liberdade
Para escolher o caminho com que mais se identifica
E abraçar cada imperfeição, cada desafio, cada oportunidade

Sabe, acho que nunca foi tão bom ser mulher.
O vídeo foi compartilhado internamente e também nas mídias sociais, e atingiu mais de 600.000 visualizações, um resultado além das expectativas.
Manifestos
Published:

Manifestos

Published:

Creative Fields