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Problema / Why
Transformar a imagem do CPqD.
Apesar de inovador e extremamente competente em um nicho de negócios muito interessante, o CPqD não era visto pela grande maioria do público brasileiro como sinônimo de inovação e tecnologia de ponta.
Meta de negócios: aumentar leads de prospecção de produtos e serviços e atrair novos talentos.
O CPqD estava se transformando em um ambiente de start up, lúdico, colaborativo e de transformação, e queria se parecer com o que era, por isso nós logo entendemos que era preciso que o usuário pudesse interagir e se divertir com qualquer produto do novo CPqD.
Nosso plano era criar uma página institucional que realmente fosse legal de se navegar, e, para isso, todo o conteúdo do hub e sua disposição seriam personalizados de acordo com o histórico de pesquisa do usuário, sua localização geográfica, sua porta de entrada na página e inputs mecânicos dentro de jogos, bots e conversas.
Público / Who
Todo o mundo (?)
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Uma das funções desse projeto era apresentar ao público em escala nacional o CPqD, uma instituição históricamente distante e misteriosa. Nosso público alvo, por consequência, era muito granular e muito pouco previsível.
Escolhemos algumas linhas gerais (abaixo), mas nossa estratégia foi focar esforços em traduzir de forma simples e com símbolos de domínio popular o que tinhamos de mais sólido, o novo manifesto do CPqD, e coletar e medir os resultados, reformulando a comunicação, se preciso, em uma próxima etapa.
A inspiração da identidade visual foi a sobreposição de formas comuns, desenhando como nossas idéias se formam: camadas complexas de unidades simples, o que também conversa muito bem com outro signo que logo surgiu em nosso processo: o cosmos. Galáxias, espaçonaves, estrelas, tudo o que nos faz pensar em um mundo maior. Confesso que foi indiscritivelmente legal poder transformar qualquer pessoa em um astronauta.
Pensando na aceitação da nova identidade em um ambiente enorme e multidisciplinar, decidimos adotar linhas guias objetivas, bastante próximas do que o consciente coletivo do CPqD já conhecia e dominava.
Adotamos, então, alguns dos princípios do Material, da Google, que já era utilizado diariamente em várias ferramentas no CPqD. Podemos ver isso com muita clareza nas cores, mas a filosofia de criar formas com peso e corpo dentro de um universo casou muito bem com nosso sistema de formas simples sobrepostas.
Apesar de ser uma fração do portal, a área institucional foi um desafio muito legal de se projetar por que sua razão de existir era, virtualmente, expositiva, e nós queríamos contrariar essa preconcepção e usar essa oportunidade para criar um laço emocional com o usuário ao invés de afogá-lo em informações.
A primeira etapa foi entender o que exatamente nós queríamos comunicar e, após muitas iterações, chegamos a três pontos que o usuário precisava entender:
1. O CPqD está muito mais legal;
2. Somos a maior referência do país no que fazemos;
3. Queremos que você faça parte da nossa nova fase.
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(...) Definimos também que queríamos criar um diálogo, não um monólogo, já que, segundo inúmeras pesquisas na área da educação, a fixação de conteúdo responde muito mais rápido e melhor à interatividade do aluno (ou usuário) com o material, inserindo a lição em seu dia a dia e acionando múltiplos sentidos.
Com isso em mente, começamos a criar formas do usuário interagir com a página, na tentativa de ativar mais do que apenas a visão, mas também as sensações tátil e auditiva.
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Inicialmente nós testamos sistemas de resposta sonora (que seriam empregados mais tarde nas seções da tecnologia texto-fala do CPqD), e até mesmo um jogo de cartas que precisava de um input mecânico do usuário. Nossos testes internos, no entanto, comprovaram que a usabilidade de muitos desses sistemas seria comprometida na maioria das situações não ideais, e decidimos simplificar o projeto, mantendo a sensação desejada de diálogo ao compor a página de forma personalizada, como se o portal tentasse conversar com o usuário, perguntasse sua opinião e indicasse mais coisas para ler, baseando-se em variáveis de geolocalização, histórico de pesquisa e origem do clique.
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Além de comunicar tudo isso de uma forma legal, nós queríamos usar essa oportunidade de design para dar o tom do restante do portal, deixando espaço para que as demais seções se conformassem a um tom mais profissional sem perder o "charme". O desafio nesta etapa foi criar um sistema de identidade visual e de interatividade que permeasse sutilmente todo o portal, sem sobressair o conteúdo ou oprimir o usuário com perguntas, ofertas e conselhos demais. Animação, formas e tipografia clara foram nossas ferramentas.
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A melhor forma de engajar um público tão abrangente era a personalização, e a melhor forma de aplicar isso a esse projeto foi usar cards destacáveis. Eles funcionariam como um hub de interativo que o usuário descobriria rapidamente e resolveriam vários de nossos desafios de uma só vez, com elegância (bem legal, não?):
1. Informação Compacta
A informação complicada que é produzida pelo CPqD poderia ser compactada e entregue de forma atrativa e palatável ao usuário;
2. Escalabilidade
A modularidade inerente ao sistema de cards tornaria fácil a apresentação de mais ou menos informação, dependendo do público e de sua localização no funil de interação.
3. Intercâmbio
Essa facilidade de aplicação também seria útil para replicar e realocar o conteúdo em um portal de navegação tão complexa quanto o do CPqD.
4. Consistência Visual
A replicação dos cards de forma destacável ajudaria a manter uma consistência visual pelo projeto.
A inauguração do novo website do CPqD (encabeçado pelo hub institucional) foi um sucesso de aprovação interna e externa, impactando decisões das diretorias de comunicação, produtos e até mesmo da presidência da instituição. O CPqD finalmente tinha uma cara nova, divertida e uma interface rápida e confortável com seu público alvo (alias, nossas previsões funcionaram).
Um novo sistema de aquisição de talentos foi modelado a partir da estratégia desse hub, o CPqD Coinovar, que você vai poder conferir em breve no meu portfólio.
Por fim, a quantidade de novos leads recebidos foi tão grande que o domínio foi derrubado e tivemos de remover esse serviço por algumas horas.