Teatro Circo
O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna
por Dafne souza
Trago como proposta de conclusão de curso, O Auto da Compadecida, pela sua importância no teatro brasileiro e sua popularidade.
Usei como forma de identidade visual o circo, pois o próprio autor descreve a peça dentro deste cenário, e por que poucas vezes, como na minissérie ou no filme, foi usada puramente essa linguagem circense.
A intenção não foi trazer algo simplesmente diferente ou não usado, mas poder explorar uma visão que seria tão rica quanto o estereótipo nordestino.
Baseando-me nas entrevistas dadas por Suassuna, em que muitas vezes ele citava a arte que produzia como arte a nível Universal e também busca encontrar uma expressão uniforme para todas as personagens do Auto.
Então baseando nisso, senti a vontade de me libertar com a visualidade nordestina, sem descaracterizar o conteúdo da obra, já que sua importância regional está mantida nos contos que serviram de inspiração para que “o Auto” fosse criado.
Além do mais, a visualidade circense é eclética e também universal, pois tem agregado várias referencias de culturas, povos e lugares diferentes, transformando em uma colcha de retalhos que pode ser muito bem utilizada para as mais diversas linguagens, tanto as micro (pontuais e regionais) ou as macros (generalizadas, representando vários grupos).
Assim, aproveitando a parte lúdica visual, cômica, e cheia de elementos que podem ser mesclados, escolhi que minha forma de representação do Auto da compadecida, seria por um núcleo de circo “andante”, da qual estaria em sua turnê encenando a peça de Ariano Suassuna.
Assim, utilizo dois planos de personagens no mesmo ator.
Como por exemplo, A trapezista que representaria Maria no circo.
Com isso utilizo as linguagens de dois planos que também são utilizadas na peça, uno com a visualidade circense e mantenho a originalidade do texto e importância cultural da obra.
