"Tempo" é um livro ilustrado que reúne ambientações subjetivas com diversos ecossistemas onde um personagem sem gênero nem rosto vaga infinitamente por ele. Ele fala sobre a vida e sobre quem o controla. Cada uma é singular e individual, e está sempre em expansão, como o universo, como o tempo. "Quem cria o tempo?", "Você controla o tempo ou o tempo de controla?". A proposta dessa edição é fazer o leitor refletir e então se questionar sobre esses aspectos, para entender que tempo a gente inventa, tempo a gente cria.
"Tempo" (time) is an illustrated book that brings together subjective environments with diverse ecosystems where a character without gender or face wanders infinitely by the planet. He talks about life and about who controls it. Each one is singular and individual, and it is always expanding, like the universe, like time. "Who creates the time?", "Do you control the time or the time of control?". The purpose of this edition is to make the reader reflect and then question about these aspects, to understand that time we invent, that time we create.
tem o mundo que nasceu em um tempo em que nem sabíamos que tempo era. tem o homem que nasceu em meio ao mundo e que criou o tempo pra entender quem era. eras se passaram em um tempo já inventado pela ciência que nunca deixou de cobrir e descobrir novos tempos. e aí nasceu o tempo, em tempo de transformar lendas em história, e história em tudo que é verdade. e o tempo, sem templo nem piedade, se multiplicou e se dividiu. tem o tempo que nasce com o sol, tempo que se guarda em gavetas, minutos que ultrapassam as horas, senhoras que não tocam no assunto, tem o tempo que pulsa, o que expulsa, o que trai, e o que atrai, tem horas que horas vão. e horas que horas vêm. horas que passam como trem. tem o tempo que não se apaga, tempo que não se lembra, o tempo que esconde coisas, tempo de céu aberto, tempo de ver de longe e tempo de viver de perto. temporal, temporada, tempo das vacas magras. tem o tempo do sono, têm as horas sagradas. os primeiros minutos, os últimos segundos. tem hora pra tudo e tem hora pra nada. o tempo pra parede, o tempo pra parada. e não importam as ciências que inventam o tempo que guardamos em horas acomodadas, ou incomodadas, em modernos relógios a prova de choque, de água, de felicidade, de raiva... e de qualquer teoria que, por esquecimento ou sabedoria, venha a afirmar que o tempo não para. tempo a gente inventa, tempo a gente cria.
it has the world that was born at a time when we did not even know what time it was. there is the man who was born in the midst of the world and who created the time to understand who he was. eras happened at a time already invented by science that never failed to cover and discover new times. and there was born the time, in time to turn legends into history, and history into all that is true. and time, without temple and godliness, multiplied and divided. has the time that is born with the sun, time that is kept in drawers, minutes that exceed the hours, ladies who do not touch the subject, have the time that pulsates, what expels, what betrays, and what attracts, has hours that goes. and hours that come. hours that pass as a train. has time that does not go away, time that does not remember, time that hides things, time of open sky, time to see from afar and time to live up close. temporal, season, time of lean cows. have the time of sleep, have the sacred hours. the first few minutes, the last few seconds. there is time for everything and there is time for nothing. the time to the wall, the time to stop. and it does not matter the sciences that invent the time we keep in comfortable or troubled hours in modern shock-proof watches, water, happiness, anger... and in any theory that, through forgetfulness or wisdom, comes to claim that time does not stop. time we invent, time we creates.
