Elomar
Figueira
mello
80 anos
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É difícil sintetizar Elomar Figueira Mello em palavras, ou pelo menos palavras com as quais estejamos familiarizados. O deslumbre do sertão profundo, seu romantismo e seu contraste árido soam mais naturais no retumbe da voz carregada e do linguajar único de Elomar. Sua obra percorre as léguas de um sertão de geografia imprecisa, por onde o autor vê escorrer pelas mãos cacos de um lugar que nunca-foi, mas que habita o imaginário de seu povo de maneira intensa. Caminhante dessas terras, Elomar pode ser percebido como o cronista dessa louca diacronia que idealiza um passado mas tem suas raízes fortes no presente. É de dentro desse universo particular, tecido ao longo de 80 anos com os mais belos retalhos que a terra poderia lhe dar, que surge o cerne de nosso cartaz.
Mais do que uma imagem, o cartaz precisava trazer os gestos esquecidos, uma leitura gráfica que extrapolasse a lógica atual de produção. Para isso, nada melhor que se utilizar das tradições das artes gráficas e fazer nossa homenagem ao Menestrel através dos meandros tipográficos. Dessa mistura surgem as gravuras do "tresloucado cavaleiro andante/ a vasculhar espaços/ de extintos céus" que se encontra sob as constelações de seu próprio Universo, incerto, impreciso, não mapeado, mas de forte presença no imaginário de todos aqueles que são tocados por sua obra.
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Cartaz elaborado com tipos móveis de madeira e ilustrado com xilogravura.
Impresso no Espaço Gráfico 62pts em Belo Horizonte.
Composição Tipográfica
Detalhe da impressão
Fundo da gráfica do 62pts
