O trabalho “Da Mobilidade à Recomposição Urbana” é constituído por uma parte em grupo (levantamento e estratégia de intervenção global) e outra individual (unidade operativa) para a disciplina de Projeto V, tendo sido destacado para a exposição Anuária 2015.
A área de intervenção localiza-se nas freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, entre o Palácio de Cristal e o Bairro da Pasteleira.
Depois de um levantamento exaustivo da área, relativamente a funções do edificado, texturas homogéneas, espaços verdes, linhas de transportes e tipos de vias, destacou-se uma zona central no qual existe uma área de equipamentos da Universidade do Porto de carácter cultural, desportivo e educacional; uma zona de habitação municipal a poente; e dois grandes eixos urbanos – a marginal e a rua do Campo Alegre.
A proposta começa no desenho de um percurso contínuo unificador dos diversos pontos de interesse identificados, reforçado pela oferta de uma nova variedade de transportes. Este percurso é pensado à escala da cidade, definindo uma continuidade à cota intermédia na zona de intervenção, desde o parque oriental até ao parque da cidade e à foz. É marcado por diversos pontos de interesse, sejam espaços públicos de paragem, espaços verdes, equipamentos pertencentes à Universidade do Porto e zonas habitacionais. O percurso contínuo valoriza o peão, englobando e relacionando-se com outros meios de transporte – a mobilidade surge como forma de recomposição urbana.
A Unidade Operativa 1 engloba o percurso contínuo que estabelece a relação com Serralves, atravessando vários bairros municipais. Inclui o percurso contínuo desde a zona do Aleixo até Serralves que é utilizada como estratégia para promover o atravessamento dos bairros municipais. Pretende-se que este percurso se alargue no interior de cada bairro, dando origem a uma praça pública, que convida à convivência entre habitantes e não habitantes. assim, a fluidez e o atravessamento de um percurso são alternados com momentos de pausa, nos quais se alia a diversão com o convívio.
