As técnicas tradicionais de layout impressos, particularmente a formatação avançada, não são aplicáveis como na WEB, ou seja, numa página impressa não temos instrumentos sofisticados (as ferramentas CSS) que nos permitam projectar layouts extraordinariamente complexos como por exemplo, textos flutuantes em torno de uma imagem ou mesmo orientações animadas de usabilidade.

Ao mesmo tempo a flexibilidade de design da WEB é difícil de aplicar nas impressões, visto não existir uma forma de personalizar um jornal impresso para cada um dos leitores. Além disso, a leitura on-line é muito diferente da leitura off-line: nesta última, a leitura principal e o tamanho do texto são geralmente muito mais curtos. No entanto, há um certo número de princípios fundamentais que são muitas vezes utilizados em ambos os meios. Nos últimos anos, jornais e web-sites começaram a aplicar princípios semelhantes de apresentação de informação, tais como o uso pesado de espaços em branco e uma grelha baseada em design e usabilidade. Os resultados às vezes podem ser muito semelhantes, mas muitas das vezes não têm quase nada em comum.

Como anteriormente referido, o design e a usabilidade foram os aspectos a ter em consideração para a construção de uma proposta para o Diário de Coimbra, actualmente se realizar-mos uma pesquisa à procura de jornais que tenham ganho prémios de prestigio na área do desgin gráfico, deparamo-nos com designs fora do comum e distantes daquilo que chamamos de um periódico convencional. Tomemos como exemplo os jornais: “El Economista”, “De Morgen”, “Frankfurter AllgemeineZeitung”, “Expresso”, “Dubai Express”, “Jornal i”, entre muitos outros.

Antes de iniciar e abordar uma nova reconfiguração do layout do Diário de Coimbra, tive o cuidado de fazer uma análise de mercado do design em voga, bem como os seus aspectos de usabilidade, lettring e cor. Realizei uma pesquisa editorial exaustiva na área dos jornais de informação social, como os exemplos supramencionados entre muitos outros. Verifiquei que existe um espólio de jornais que fogem ao tradicional periódico impresso, de capa repleta de notícias e com tipos de letra serifada, concluo então, que estamos agora a passar por uma fase de um design editorial de jornal desafogado de informação e mais vocacionado para a atracção visual, em que os destaques da noticia estão separados por cores e meticulosamente redireccionados para uma forte componente de usabilidade.

A primeira proposta desenhada para o Diário de Coimbra,  foi centralizada na capa: houve uma limpeza de publicidade da velha capa e dos tons secos. O produto final desta versão foi uma capa mais limpa e formal, com bastante recurso a usabilidade gráfica. A proposta passou por várias etapas, até chegar a um layout atractivo, de fácil navegação e leitura. A tipografia utilizada e a mancha gráfica actual e simples, continuam a fornecer ao Diário de Coimbra um caracter formal e sério de um periódico diário de eleição para a maioria dos leitores.