Projeto experimental.
“Não é tão simples quanto parece: quando morremos, milhares de partes do nosso corpo estão na ativa tentando reverter o processo. E muita coisa ainda acontece depois que damos o último suspiro.”
Inspirado nessa vontade de viver, porque não contemplar o ultimo descanso desse corpo que luta contra as forças do tempo. Num lugar em que a temporalidade entra em contraste com o eterno. Onde há o desejo de perpetuar a lembrança de alguém – construindo tumbas e jazigos ornamentados, muitas vezes ostentando riqueza, pompa e luxo.
Nos cemitérios se encontram grandes acervos tipográficos, aos quais eu chamo de “tipografias fúnebres”, com materiais e texturas diversos, alguns novos e conservados, outros gastos e corroídos pelo tempo, porém não menos belos.
Escolhi para este trabalho o Cemitério do Bonfim, o mais antigo de Belo Horizonte – cheio de obras italianas e com forte influencia da Belle Époque, Art Deco e modernismo brasileiro – e o Cemitério Santa Cruz, em Ibiá, pelas belas imagens e por fazer parta da história da minha família.
Algumas das fotografias tiradas na pesquisa.
O resultado.
