Este é um projeto experimental desenvolvido em formato de pôsteres ilustrados, baseados em poesias
e pequenos contos de alguns escritores, dentre eles H.P. Lovecraft, Edgar Allan Poe e Neil Gaiman. Algumas destas ilustrações vieram do editorial Dissonia, você pode visualizar clicando aqui.
e pequenos contos de alguns escritores, dentre eles H.P. Lovecraft, Edgar Allan Poe e Neil Gaiman. Algumas destas ilustrações vieram do editorial Dissonia, você pode visualizar clicando aqui.
De longe que nada se vê
A sombra se desfarça, se faz de falsa, e se casa.
Se pausa na estrada, como único destino. Eu paro. Eu espero.
Eu digo nada… e do silêncio, brota a caminhada.
Um… dois… sete… concorrências de passos por espaços.
Eu estou. Estar. Basta? Respiro. E encaro o nada de um silêncio.
Se o fim de tudo fosse agora tu teria a coragem de dizer o que estava pensando
pra tatuar em tua lapide? Pra gritar do alto do morro,
do meio da rua, teria a coragem?
A vontade? Teria?
A sombra se desfarça, se faz de falsa, e se casa.
Se pausa na estrada, como único destino. Eu paro. Eu espero.
Eu digo nada… e do silêncio, brota a caminhada.
Um… dois… sete… concorrências de passos por espaços.
Eu estou. Estar. Basta? Respiro. E encaro o nada de um silêncio.
Se o fim de tudo fosse agora tu teria a coragem de dizer o que estava pensando
pra tatuar em tua lapide? Pra gritar do alto do morro,
do meio da rua, teria a coragem?
A vontade? Teria?
De longe que nada se vê - Fernando Vilasboas
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À hora da meia-noite
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
À hora da meia-noite
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
O Corvo – Edgar Allan Poe
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Cegueira
A cegueira que cega cerrando os olhos,
não é a maior cegueira;
a que cega deixando os olhos abertos,
essa é a mais cega de todas.
E tal era a dos escribas e fariseus.
Sermões – Antônio Vieira
Cegueira
A cegueira que cega cerrando os olhos,
não é a maior cegueira;
a que cega deixando os olhos abertos,
essa é a mais cega de todas.
E tal era a dos escribas e fariseus.
Sermões – Antônio Vieira
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Crânios
Andei fazendo uma lista de tudo que não ensinam na escola. Não ensinam a amar.
Não ensinam a ser famoso. Não ensinam a ser rico ou pobre.
Não ensinam a se afastar de alguém que você não ama mais.
Não ensinam a saber o que se passa na cabeça dos outros.
Não ensinam o que dizer a alguém moribundo.
Não ensinam nada que valha a pena saber.
Rose Walker - Sandman – Neil Gaiman
Crânios
Andei fazendo uma lista de tudo que não ensinam na escola. Não ensinam a amar.
Não ensinam a ser famoso. Não ensinam a ser rico ou pobre.
Não ensinam a se afastar de alguém que você não ama mais.
Não ensinam a saber o que se passa na cabeça dos outros.
Não ensinam o que dizer a alguém moribundo.
Não ensinam nada que valha a pena saber.
Rose Walker - Sandman – Neil Gaiman
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Damaged Heart
Damaged Heart
Você já amou? É horrível, não? Você fica tão vulnerável.
O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer
um pode entrar em você e bagunçar tudo. [...] É uma dor na alma,
uma dor no corpo, é uma verdadeira dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por-dentro.
Nada deveria ser assim, principalmente o amor. Odeio o amor.
Rose Walker - Sandman – Neil Gaiman
O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer
um pode entrar em você e bagunçar tudo. [...] É uma dor na alma,
uma dor no corpo, é uma verdadeira dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por-dentro.
Nada deveria ser assim, principalmente o amor. Odeio o amor.
Rose Walker - Sandman – Neil Gaiman
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Dissonia
Através dos portões assombrados do sono
para além do noturno abismo, tenebroso,
tenho vivido minhas vidas incontáveis
e sondado com a vista a multidão das coisas;
e me debato e grito antes que o dia nasça,
enlouquecido pelo medo.
Dissonia
Através dos portões assombrados do sono
para além do noturno abismo, tenebroso,
tenho vivido minhas vidas incontáveis
e sondado com a vista a multidão das coisas;
e me debato e grito antes que o dia nasça,
enlouquecido pelo medo.
Nemesis - H.P. Lovecraft
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Demônio
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
Demônio
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
O Corvo – Edgar Allan Poe
