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O HOSPITAL DE INSTRUMENTOS DA CASA 51

O HOSPITAL DE INSTRUMENTOS DA CASA 51
No bairro Água Verde em Jaraguá do Sul, a casa 51 esconde o lar de muitos instrumentos de corda em sua garagem; onde uns nascem e outros se curam. Vilson de Lara Cardoso descobriu a paixão pela luthieria depois dos 40 anos, de maneira autodidata, quando entendeu que era capaz de qualquer coisa que se propusesse a fazer. 
O INÍCIO
De Lara conta que existe um momento crucial na vida de todo músico: quando o som do instrumento de fábrica já não é mais suficiente. Quando decidiu começar a tocar viola, o luthier já tinha experiência musical em conjunto, tocando contrabaixo. Depois de dois anos, deparou-se com o seu momento decisivo, quando aquele instrumento não satisfazia mais suas necessidades como músico. Buscando por violas artesanais, os preços tornaram-se um obstáculo. Decidiu então, produzir seu próprio instrumento. “Eu parto do princípio de que, se alguém faz, então eu posso fazer” afirmou. 
Fotos por Emanuele Azevedo
A HISTÓRIA VIVA
Como Vilson, os instrumentos que nascem em sua Luthieria são história viva. O cavaquinho pendurado na parede esquerda, logo na entrada de seu ateliê, pertencia à um amigo de longa data, com quem dividia cervejas e cantigas nos bares de Santa Teresinha, interior de Santa Catarina. Infelizmente, o mesmo veio a falecer em um acidente no plantio de maçã, onde trabalhava como técnico agrícola. Deixou o instrumento para trás e seu irmão mais novo procurou Vilson recentemente, para restaurar uma memória em vida deixada pelo músico. 
Fotos por Luana Gregório
CRIATIVIDADE E EXPERIMENTAÇÃO
Para facilitar na saga da vida na Luthieria, De Lara criou as próprias máquinas, moldes e gabaritos. Ele faz visitas a ferros-velhos para pegar peças e reutiliza de eletrodomésticos quebrados em casa, como um motor de máquina de cortar carne que tranformou em uma ótima lixadeira.
Fotos por Luana Gregório
QUANDO O MÚSICO TOCA, O RESTO FICA EM SILÊNCIO
A principal regra de uma roda de viola é: quando o artista se apresenta, o silêncio é fundamental. Vilson leva esse pedido muito a sério e reconhece a importância do respeito pelo artista que ensaiou para proporcionar uma apresentação de qualidade ao público.
A obra resultante do talento do criador
Restauração de peças com cuidado e paixão
O ateliê onde as cordas ganham vida 
Fotos por Emanuele Azevedo, Luana Gregório, Melissa Peixera e Stefani Machado
O HOSPITAL DE INSTRUMENTOS DA CASA 51
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