Um dos focos do projeto foi dar acessibilidade aos diversos setores do auditório, dentro das possibilidades do espaço já construído, conforme a Norma Brasileira NBR 9050 da ABNT. Os banheiros e depósito dos fundos foram demolidos para dar lugar à nova rampa acessível.

A otimização do som também foi um assunto importante dentro do projeto, uma vez que os painéis de revestimento foram propostos não só pela estética elegante e atemporal, mas também pela performance acústica. 

As poltronas com banco articulado são do tipo universitárias, com braço escamoteável para anotações. Seu estofado foi proposto em tons de um azul mais fechado, como o “eclesiástico” ou o “fundo do mar”. 

Propõe-se o rebaixo escalonado do gesso em 4 níveis. O rebaixo do palco é maior, gerando um volume de caixa acústica. Essa nova altura do forro também traz mais aconchego para quem precisa se apresentar.

O design em tonalidades neutras permite que a natureza de cada evento seja o centro das atenções, com suas próprias cores.

Quem passa pela instituição sabe da importância da diversidade que cabe nesse espaço.

Foi criada a sala de controle audiovisual, com vidro curvo em vista panorâmica e uma bancada planejada para as operações de sonorização e iluminação.

Os pisos de granitina existentes passarão por um processo de limpeza e a parte nova seguirá a paginação preexistente. 

O piso do palco e rampas laterais são de piso vinílico comercial para comportar alta capacidade de trânsito. A cor cinza do vinílico juntamente com o painel de lousa e o forro de gesso brancos neutralizam o ritmo e tonalidade dos painéis ripados, criando o espaço de foco no centro do palco.

As rampas preexistentes foram mantidas em sua inclinação e comprimentos originais. As rampas novas são duas, uma com inclinação de 8,33% e outra com inclinação de 10,47%. A Norma de Acessibilidade (NBR 9050) indica que rampas em edifícios construídos antes de 2004 podem ter inclinação superior a 8,33%, desde que seu comprimento seja de no máximo 4 m. 

Há 4 lugares reservados a pessoas com mobilidade reduzida, sendo 2 espaços para pessoa em cadeira de rodas e 2 para pessoa obesa, seguindo a proporcionalidade prevista no Decreto Federal nº 5296/04.

O hall / foyer já é acessível.

Visando otimizar a performance acústica, especificou-se duas categorias de painéis acústicos:

1) refletores ao redor do palco (NEXACUSTIC 16-RF)
2) absorvedores ao redor da plateia. (NEXACUSTIC 16 e NEXACUSTIC FLAT)

Além disso, folhas de MDF da mesma textura e cor foram especificadas em alguns pontos como a parte posterior do auditório.

Os painéis somados à caixa acústica formada pela volumetria do palco ampliarão significativamente a performance acústica.

A sonorização dos equipamentos de som ficou totalmente embutida no forro.

Em contraste com as cores sóbrias e neutras do auditório, o camarim recebeu as cores do rebranding de 50 anos da FUNEC.

Apesar das cores serem fortes, essa escolha foi feita com segurança, uma vez que as altas janelas preexistentes serão mantidas e a iluminação artificial será otimizada. 

As cores tornam o ambiente alegre e auxiliam a delimitar o espaço, fornecendo especialmente a sensação de escala humana e acolhimento em um espaço que tem pé direito alto.

A iluminação pendente também auxilia nesse contexto acolhedor. Isso é importante para quem está prestes a se apresentar.

O camarim ficou dividido em 3 espaços:
1. Armazenamento multiuso
2. Camarim
3. Depósito com prateleiras, fechado com porta de correr (antigo sanitário)