Primeiros Modelos
Assim como um gesto de um artista, a partir de uma forma bruta, natural e monolítica, fragmentam-se volumes de diferentes angulações gerando um processo escultural. Morfologicamente, o projeto não se relaciona com a arquitetura heterogênea circundante, porém, em termos conceituais, a obra exprime uma ruptura com as empregadas regras de construções racionais na malha do entorno. Ruptura esta que se torna enfática a partir do momento em que uma de suas fachadas, adjunta ao muro ao sul, se desfragmenta em diversos planos inclinados até seu lado oposto cuja fachada, enfim, se apresenta em uma forma completamente desvinculada do que se é observado pela cidade. O resultado final é de um caos controlado que acaba estimulando a não previsibilidade da obra.
A espacialidade segue anômala e interativa. O acesso à galeria se dá pela lateral do terreno. Entrando pelo corpo principal, o visitante se depara com a recepção que se localiza em uma área com pé direito duplo e central dividindo o setor de apoio e a galeria propriamente dita. Seguindo para a primeira sala expositiva, o que se tem é um espaço mais reservado e opaco em relação a segunda sala que se encontra no pavimento superior. Esta, mais aberta e flexível para diferentes arranjos expositivos com iluminação natural direta por meio de dois amplos planos de vidro que partem da laje do primeiro pavimento e se sobressaem na fachada longitudinal da obra. Além de permitir a passagem de luz, a função dos mesmos ainda é de se obter uma fluidez visual entre os dois pavimentos. O público pode assim observar e se relacionar com a arte de duas maneiras contrastantes. O terraço contém uma área coberta para o café, loja e uma visão do entorno ampla juntamente com algumas das estruturas fragmentadas de cobertura voltadas par a rua da Lapa. É o ponto de união entre os artistas e o público, pois há acesso direto para ambos. O apoio e os ateliês se encontram voltados para a rua Morais e Vale que é menos movimentada sendo mais privativa. Os ateliês se dispõem com áreas e espacialidades distintas seguindo com a forma desvinculada da regularidade racional, podendo atender às diferentes finalidades de cada artista.
Para a materialidade, optou-se por utilizar nas vedações externas da fachada ora painéis de chapa expandida, que permitem a visualização da estrutura de vigas inclinados metálicos, ora planos translúcidos de vidro. Na cobertura, o que se tem são chapas de aço sustentadas pelos pilares principais de 20 cm x 20 cm de espessura e perfis secundários de 10 cm x 10 cm. As paredes internas é de drywall (tava escrito alvenaria, mas depois de todas “tecnologia descrita em cima, usar alvenaria pras paredes internas de uma galeria achei meio contraditório.) e o piso de porcelanato.
Galeria de Arte
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