Novos ventos, novos ares, novos mares. Para navegar as inconstâncias da vida. Um medicamento que auxilia o tratamento do câncer de próstata por via oral, possibilita a sua continuidade de forma mais leve para quem viveu tratamentos mais árduos. O desafio é abordar de maneira inspiradora e poética um tema tão duro de lembrar para quem sobreviveu à doença e difícil de mencionar para quem não viveu. Com empatia e otimismo para enfrentar as dificuldades através da sua linguagem.




O conceito dos ventos e mares como as nuances da vida, que não controlamos mas com as quais aprendemos a negociar se mostra na ondulação da escrita, representando a maré. Inspirados nos desenhos japoneses, os ícones representam o conceito: ventos, mares e ares. O mês de conscientização sobre o câncer de próstata e a importância do exame preventivo empresta cor e símbolo ao projeto.




— Quando fui diagnosticado foi um sentimento muito forte, não só pela gravidade da doença mas por lidar com algo desconhecido e o que poderia acarretar. (entrevista)
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No processo, a investigação das diversas representações dos ventos e dos mares que acompanham a nossa existência. Na arte, Van Gogh, Ha Bun Shu e tantos outros os tornaram visuais, criando em nossas memórias o nosso repertório gráfico. Nos instrumentos de navegação, as cartas sinóticas, atualizadas a cada 12h pela Marinha do Brasil, registram os movimentos de alta e baixa pressão que culminam em ventos fortes e indicações de frentes entrando. Usam a tecnologia como recurso mas desenham manualmente. Em busca de materiais simbólicos para tangibilizar o vento e o tempo, experimentamos através de desenhos, papel carbono e xerox.




— A minha visão de ficar velho era o meu pai, que vivia na frente da televisão a tarde inteira, sem fazer nada. Eu não me sinto velho. Hoje, não envelhecemos como os nossos pais. (entrevista)


Feito com Pharus Design

Zostide
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