Mulheres Históricas | Retratos/Portraits
PT O projeto “Mulheres Históricas” partiu do desejo de celebrar algumas mulheres brasileiras importantes que influenciaram diferentes áreas do conhecimento, da cultura, do trabalho e da vida social. Nesse primeiro momento optei por limitar o projeto em 3 personalidades: Chu Ming Silveira, Ruth de Souza e Dorina Nowill.
Para começar, além da pesquisa biográfica, selecionei algumas palavras que poderiam definir cada uma das personalidades escolhidas. Para Chu Ming: arquitetura, espirituosidade e simplicidade. Para Ruth: teatro, determinação e inspiração. E, para Dorina: educação, perseverança e coragem. A partir daí e das referências visuais coletadas, comecei a fase de esboço, seguida da definição e aplicação da paleta escolhida e retoques finais.
ENG The project “Mulheres Históricas” started from the desire to celebrate some important Brazilian women who have influenced different areas of knowledge. At that first moment, I chose to limit the project to 3 personalities: Chu Ming Silveira, Ruth de Souza and Dorina Nowill.
To begin with, apart from the biographical research, I selected some words that could define each of the chosen personalities. For Chu Ming: architecture, wit and simplicity.For Ruth: theater, determination and inspiration. And, for Dorina: education, perseverance and courage. Based on these and the collected visual references, I started the sketch phase, followed by defining and applying the chosen color palette and making final touches.
Chu Ming Silveira
Chu Ming Silveira, responsável pelo projeto do “Orelhinha” e do “Orelhão”, nasceu em Xangai em 4 de abril de 1941. Com a ascensão do comunismo e forte repressão à oposição, sua família mudou-se para Hong Kong e depois para o Brasil. Formou-se em Arquitetura na Universidade Mackenzie, em 1964. Além de trabalhar em escritório próprio, a arquiteta também passou por empresas como Companhia Telefônica Brasileira, Serete S.A. Engenharia e Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores.
Por volta de 1971, Chu Ming assumiu o desafio de produzir protetores para os telefones públicos das cidades brasileiras, considerando boa acústica, design simples e durabilidade. Inspirados na casca do ovo, foram criados assim o “Orelhinha” e o “Orelhão”, chamados inicialmente de Chu I e Chu II. O primeiro destinava-se a locais fechados, enquanto o último seria utilizado em ambientes externos.
Chu Ming Silveira faleceu em 18 de junho de 1997, em São Paulo.
Por volta de 1971, Chu Ming assumiu o desafio de produzir protetores para os telefones públicos das cidades brasileiras, considerando boa acústica, design simples e durabilidade. Inspirados na casca do ovo, foram criados assim o “Orelhinha” e o “Orelhão”, chamados inicialmente de Chu I e Chu II. O primeiro destinava-se a locais fechados, enquanto o último seria utilizado em ambientes externos.
Chu Ming Silveira faleceu em 18 de junho de 1997, em São Paulo.
Ruth de Souza
Ruth Pinto de Souza, uma das primeiras artistas negras a conquistar prestígio no teatro brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de maio de 1921. Quando criança, ia com sua mãe ver peças de teatro e filmes no cinema, com ingressos que a mãe ganhava das patroas, quando era lavadora de roupas. Apesar das reações de descrença, Ruth decidiu ser atriz e seguiu sua admiração pelos palcos. Integrou o Teatro Experimental do Negro (TEN), fundado por Abdias do Nascimento, e aos 24 anos, estreou nos palcos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Estudiosa e dedicada, Ruth conquistou uma bolsa da Fundação Rockefeller, estudou e pesquisou em universidades como a American National Theater and Academy e Harvard, além de estagiar na Karamu House (teatro afro-americano mais antigo dos Estados Unidos). Em sua carreira, participou de peças de teatro, filmes e telenovelas. Sua atuação era muito elogiada e recebeu indicações a diferentes prêmios, nacionais e internacionais. Com um trabalho marcado por entrega, sensibilidade, expressão e força, se distanciou da interpretação estereotipada do negro e entregou profundidade nos seus personagens.
Ruth Pinto de Souza faleceu em 28 de julho de 2019, no Rio de Janeiro.
Dorina Nowill
Dorina de Gouvêa Nowill idealizadora da Fundação Dorina, que promove a autonomia e inclusão das pessoas cegas e com baixa visão no Brasil, nasceu em 28 de maio de 1919, em São Paulo. Ficou cega aos 17 anos de idade e foi a primeira aluna cega na Escola Normal Caetano de Campos. Colaborou para a elaboração da lei de integração escolar, em 1956 e criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, em 1946 (posteriormente renomeado de Fundação Dorina Nowill para Cegos).
Dorina também se dedicava à prevenção da cegueira e realizou contribuições sociais importantes, como a direção da Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação e Cultura e participação na Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que almejava que os países participantes oferecessem, para as pessoas com deficiência, programas de treinamento e inclusão no mercado de trabalho. Dorina também foi presidente do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos (atualmente conhecido como União Mundial de Cegos) e difundiu seu trabalho para diversas empresas, escolas, universidades e instituições brasileiras.
Dorina Nowill faleceu em 29 de agosto de 2010, em São Paulo.
Retratos/Portraits
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