Sinopse do livro:
"Na véspera do Natal de 2012, o escritor Édouard Louis foi estuprado – e quase assassinado – por um rapaz que ele havia acabado de encontrar nas ruas frias de Paris. Esse ato de violência crua e brutal deixou suas marcas no autor, e as consequências do trauma o levaram de volta à vila, à família e ao passado que ele jurara deixar para trás.
Transitando de forma ágil e habilidosa entre o passado e o presente, História da violência é um relato ficcional dessa experiência biográfica do autor, seguindo a linha de seu romance de estreia, O fim de Eddy. Aqui, Édouard Louis mais uma vez escancara os preconceitos e o racismo da sociedade francesa, mas o faz por meio das revelações sutis dessas crenças no âmbito familiar, em amantes, amigos, irmãos, pais e mães."
Transitando de forma ágil e habilidosa entre o passado e o presente, História da violência é um relato ficcional dessa experiência biográfica do autor, seguindo a linha de seu romance de estreia, O fim de Eddy. Aqui, Édouard Louis mais uma vez escancara os preconceitos e o racismo da sociedade francesa, mas o faz por meio das revelações sutis dessas crenças no âmbito familiar, em amantes, amigos, irmãos, pais e mães."
Sobre a construção do projeto:
Ao meu ver, na área de Editorial, não basta um designer apenas ler uma sinopse para dar vida à leitura, já que seu papel é fundamental para criação de um produto atraente e (claro!) funcional. Um exemplo disso foi esse trabalho acadêmico em que fiz o redesign da capa do fantástico livro de Édouard Louis.
No livro "História da Violência", existe um trecho importante que pode ser descrito como o ponto-chave do duro momento em que o autor descobre que o rapaz com quem estava tendo relação não tinha apenas atitudes estranhas e, sim, que aquilo se tratava de um violento estupro. Essa cena, em que o estuprador envolve a echarpe vermelha no seu pescoço de forma brutal, é um marco narrativo do livro, cujo desenvolvimento se dá a partir desse momento comovente e traumático da trama autor.
Por esse motivo, decidi trazer essa cena à capa do livro, fazendo o uso de cores contrastantes e que, semioticamente falando, podem causar certa repulsa juntas, com o intuito de trazer a tona a intensidade e natureza chocante do livro. No que diz respeito à tipografia, procurei me inspirar nos autos de crimes tradicionais, trazendo esse símbolo de algo investigativo e revelativo.
