Em sua mais famosa experiência, Schroedinger, nos apresenta a ideia do observador interferindo na realidade material. Algo simples como a curiosidade de olhar dentro, em escala quântica, seria capaz de decidir o futuro daquele pobre animal. Que por azar, ironia ou apenas física morreu, ou ainda está vivo, mas antes disso está num estado duplicado. Algo entre estar vivo e morto, invólucro, intacto, inocente e preservado.

“ESPAÇOS CURTOS ENTRE A VIDA E A MORTE” fala sobre estarmos num destes espaços, vivos e conscientes o suficiente para saber o que sabemos, mas fechados até que possamos nós mesmos abrir a caixa que nos esconde. E talvez não haja nenhum observador lá fora, nenhum criador, Deus ou divindade; e quando essa caixa for aberta pela força de nosso trabalho, saberemos se estamos conscientes ou não, se estamos vivos ou não, e só depois de saber tudo isso, saberemos responder o que é a mente, a vida e toda existência. Não sabemos ainda, porque talvez essas coisas não existam, e tudo que imaginamos ser real, são delírios de animais presos em um espaço fechado, aprisionados num momento, num espaço curto entre a vida e a morte.