O presente trabalho foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Teoria da Imagem, do segundo ano da licenciatura em Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia, sob a orientação da docente Camila Mangueira. O seu objetivo consiste na criação de um painel gráfico, composto por 10 a 15 imagens que tenham relações de sentido e significado. 

Para este fim, começamos por analisar as imagens recolhidas no primeiro projeto da unidade curricular. Nesta proposta, a docente sugeriu a recolha de imagens presentes nos nossos cotidianos. Em seguida, fragmentamos elementos das imagens, de forma a extrair a maior quantidade de signos contidos nas mesmas. E assim, conseguimos correlacionar os sentidos e significados entre nossas imagens. Gerando, dessa forma, algumas palavras-chaves. E, finalmente, a composição de um livreto com a temática Ancestralidade vs Tecnologias.

Após a extensiva análise comparativa e visual, é necessário retornar à pergunta que gerou esta reflexão: a ancestralidade é um paradoxo ou um complemento à tecnologia?

É notório, como revelado, não só pelas comparações diretas que realizamos ao longo do projeto, mas também a partir da investigação bibliográfica acerca da relação entre movimentos artísticos da modernidade e pós-modernidade, e o seu respetivo apoio nas artes milenares, que o aspeto da ancestralidade e da modernidade são absolutamente complementares.

Através de análises semióticas, considerando detalhadamente os elementos que compõe as imagens, encontramos nas recentes manifestações artísticas, a necessidade de resgate do passado, como forma de compreensão e ressignificação da própria origem.  Estes elementos são observados na escolha cromática, de materiais, nas formas, símbolos, rituais, história, e até na própria técnica.

E com isso, é possível concluir que a inovação e a ancestralidade, podem complementar-se, numa coexistência de reinvenção, tanto da funcionalidade, quanto dos signos e da própria estética.