A zine “salgada ou doce?” surgiu a partir de atravessamentos, deslocamentos diurnos e noturnos dentro do ônibus. De deixar o motorista me guiar porque eu precisava chegar no trabalho, porque eu precisava ver um amigo, porque eu precisava visitar a minha mãe. Gosto da palavra atravessar porque ela está sempre em ação, ela deduz que você vai conectar um ponto com o outro. É uma palavra esperta porque mesmo que você demore 2 horas, que o ônibus quebre, que caia uma árvore, que Recife alague… novas rotas vão se formando.
Dos novos caminhos, escolhi o da catalogação. As embalagens de pipoca e salgadinho, antes consumidas na escola, agora combinavam com o barulho da rua, com o sol quente e com as chuvas inesperadas. Quando conversava com alguém sobre o projeto, a reação era sempre de divertimento ou indiferença, o que me fez refletir sobre o princípio básico de emissora-receptora ou, talvez, o de tentar atravessar.
Dos novos caminhos, escolhi o da catalogação. As embalagens de pipoca e salgadinho, antes consumidas na escola, agora combinavam com o barulho da rua, com o sol quente e com as chuvas inesperadas. Quando conversava com alguém sobre o projeto, a reação era sempre de divertimento ou indiferença, o que me fez refletir sobre o princípio básico de emissora-receptora ou, talvez, o de tentar atravessar.