Nós (2019), de Jordan Peele, acompanha a história de uma família e seus clones oprimidos que vivem no subterrâneo. O filme traz uma forma mais fantasiosa de apresentar as questões de privilégio e dinâmicas sociais nos Estados Unidos.
Parasita (2019), de Bong Joon-ho, mostra a opressão de forma mais literal. O filme levanta o questionamento de quem são os verdadeiros parasitas entre as duas famílias protagonistas.
Os dois longas são recheados de simbolismos e criticam a construção da sociedade de forma parecida, utilizando da mesma abordagem: pessoas que vivem na superfície, e pessoas que vivem no subterrâneo - mesmo que metaforicamente- pessoas que oprimem e pessoas que são oprimidas, mesmo sem perceberem.
Os cartazes mostram objetos utilizados no filme como armas, além de frutas que também aparecem como símbolos dos longas. Já que não é convencional encontramos pôsteres apenas com objetos nos cartazes da Art Nouveau. Em um há uma macieira, fazendo menção a maçã do amor que a protagonista de “Nós” carrega quando criança, e uma tesoura dourada, de dois lados iguais porém opostos. Em outro há um pessegueiro, relacionado ao pêssego que faz aparição no filme “Parasita” além da pedra da sorte, usada no final para ferir.
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