Ícaro Luís Fracarolli Vila, para A Cidade, 15h35

O empacotador João Vítor Xavier, 22 anos, e sua namorada voltavam de uma confraternização em igreja no bairro Ribeirão Verde em uma moto. Ele perdeu a direção, colidindo com uma cerca na Av. Via Norte, em Ribeirão Preto na noite de terça para quarta. João morreu na hora, enquanto sua namorada, cujo nome foi mantido em segredo pela família, foi levada para uma unidade de atendimento próxima do local. Não se sabe o motivo que ocasionou o acidente.

De acordo com a enfermeira Carmem, do atendimento médico da UBS Quintino II, a namorada está em estado grave, com traumatismo craniano. Além disso, ela perdeu muito sangue, o que pode ainda piorar a sua melhora.

João era um jovem trabalhador, muito querido por todos. Era funcionário de um supermercado em Brodowski. Sua antiga chefe, Lucilene, nos relatou que era um empregado assíduo, motivado e bastante feliz, espalhando sua alegria entre todos do estabelecimento. Ela lamenta muito a sua morte e disse que deixará saudades.

O velório e sepultamento está marcado para esta quarta-feira às 16h da tarde no cemitério local de Brodowski, onde residia no momento com a família. Deixa uma filha de dois anos.

O jovem sofreu um acidente em um ponto sentido centro – bairro. O ponto é conhecido como “curva da morte”, mesmo tendo sido recapeada recentemente pela Prefeitura Municipal. Não há nenhuma forma de controle de velocidade, a não ser placas. Isso tem aumentado o número de acidentes. Segundo o policial Marcos Souza, nos últimos 90 dias, houve 37 acidentes no mesmo local, sendo 15 óbitos. A avenida é bastante sinuosa, favorecendo os acidentes.

Segundo a Transerp, por toda a vida, há placas de sinalização. A entidade alega ainda que cabe aos motoristas respeitarem a velocidade permitida. A Transerp relatou ao nosso jornal que não há projetos para melhorias na sinalização, nem com possíveis redutores de velocidade. Também relatou que os acidentes no local são raros, não necessitando tamanha preocupação, se tratando de um fato isolado. Por fim, a entidade se solidariza com a família.

A informação dada pela instituição de trânsito é contrária à informação da polícia. Apuramos na delegacia mais de 40 boletins de ocorrência no local ou muito próximo dele, justificando assim melhoras na avenida. Até quando as pessoas irão perder a vida devido ao desmazelo do poder público? Infelizmente, ainda retrataremos muitos acidentes como este nas páginas de A Cidade.