A Mulher Selvagem - Filha de Oxum
Ora yê yê ô!
Louvo àquela que se derrama no líquido puro e doce das tuas próprias cachoeiras
Em tuas águas me banho de corpo e alma
Sinto tuas mãos que se envolvem em meu espírito
Troca singela de amor e carinho
Tu que me escolheu como filha
Abençoa os meus caminhos nessa estrada da vida
Estrada repleta de curvas estreitas e ladeiras perigosas
Como tuas pedras no caminho que formam as quedas d'água
Tão preciosas as transformações da vida
Me abraça em teu colo e cura a minha alma
Fui feita menina pelos mistérios que habitam o meu ser
Hoje acho que entendendo um pouco da vida
Quando reconheço a sacralidade que habita o meu ventre
Compreendo o quanto amo ser mulher
A mulher livre e selvagem
Mulher liberta de espírito
Vagueia pela andanças de todos os caminhos
Andando descalço, subindo nas árvores
Se guia sozinha seguindo a própria sombras 
Olhando nos meus olhos eu consigo entender
Pois faz todo o sentido ser filha de uma mulher
Cujo ventre borbulha águas doces
E nas veias correm rios


Ora yê yê!
© Todos os direitos reservados à artista Amanda Ayé Obìnrin.
Filha de Oxum
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