Considerada uma rapsódia por sua mistura que condensa tradições linguísticas e folclóricas de um povo, Macunaíma faz parte da primeira fase modernista, costumeiramente caracterizada como a fase heróica. Sob influência europeia, Macunaíma apresenta diversas referências ao folclore brasileiro, salvo á maneira em que se fala, caracterizando a preocupação com a identidade brasileira.
Com seus aspectos nacionalistas, a obra aponta os defeitos do país comprimidos em um personagem, assim, Macunaíma, retratado como um personagem indolente, conduzido pelo prazer aos atos mundanos, sendo assim, o “herói sem nenhum caráter”. Dessa forma, o livro se tornou uma das propostas do Movimento da Antropofagia, iniciado por Oswaldo de Andrade, o qual tinha como intenção aproveitar as qualidades de outras culturas, transformando-as em algo verdadeiramente nacional numa tentativa de equiparar a cultura brasileira às culturas de prestígio.
Como parte integrante de um movimento simplório para a literatura brasileira, Mário de Andrade tornou-se um símbolo do movimento modernista fazendo com que suas obras se tornassem pauta essencial para o estudo em todo o país. Dessa forma, a escolha de re-design de uma obra clássica e marcante busca incorporar seus aspectos clássicos e proporcionar uma mesclagem com a conjuntura atual.
Detalhes do Projeto
Para incorporar a conceituação gráfica do projeto, mantém-se a ideia de utilizar de comunicações visuais transitando entre cenários atuais e as raízes firmadas no lançamento do projeto e em suas edições passadas. A intenção permeada é utilizar-se de layouts e grids que misturem as intenções. A partir disso, a mistura dos elementos findam resíduos em entremeios clássicos. O principal divisor ficarão ao encargo das tipografias, que misturam a praticidade, leiturabilidade com os outros elementos, como as cores vivas e contrastantes e as ilustrações que complementam com vigor o texto.